domingo, 3 de janeiro de 2016

Frustração

A largas passadas atravesso a continuidade do tempo. Vou e volto sobre o dorso de monstros: assustadores devaneios. Dúvidas e inquietude cavalgam minhas aspirações. Ah, como aspiro em excesso! Se ao menos construísse em mesma proporção com que almejo... Qual o sentido de sonhar se não for para conquistar?
Entrementes trabalho para a manutenção de meus ensejos. E insistentemente realizo em terrenos disformes. Assim fazendo, descobri quão pouco admiráveis são obras edificadas sobre areia movediça. Movediça é a minha vontade, quebradiças são minhas obras.
A largos passos me distancio do senso comum acerca do que é o bem estar. Desconstruí muitos valores. Guio-me pelo amor que tenho às coisas. Sei o que é o amor por empirismo e não atrevo-me a tentar defini-lo.
Conheço muito pouco de mim mesmo. Gostaria de ser como Sócrates e poder dizer que conheço minha própria ignorância. Minha jornada de autoconhecimento tardará a me trazer tal fruto.

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