sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pulsante Carmesim

Hoje, eu decidi escrever, escrever uma bela melodia.
Resolvi escrever sobre a beleza dos pensamentos.
Sobre um mundo desconhecido. Sobre a mente, e a vida de um homem.
Primeiro ele nasceu, nasceu de uma vendedora de corações. Tomou então por sua herança o melhor dos corações, era o mais vermelho de todos, e batia forte.
Em seguida ele cresceu, com o seu pulsante carmesim, sedento de conhecimento, e rodeado de pares de átrios empalidecidos. Aproveitou sua juventude, com seu horizonte ensanguentado, e suas expectativas à serem descobertas.
Através de sua magnífica epopeia do conhecimento, encontrou um outro coração, este por sua vez, era pálido como os outros, mas ele estava ferido, perfurado por toda a extensão de seu ventrículo direito.
Anos depois, estavam juntos, buscando as mesmas coisas, conquistando juntos aquilo lhes servia como fluido.
Uma vida inteira juntos, unidos por sua cor de cereja e pela partilha do saber.
Quando ele morreu, morreu precoce, e me deixou sua herança, e a lembrança de quando ele tocou o meu cabelo e do que me disse antes de partir...
"Torne sua vida escarlate, e forte, depois encontre-se comigo no paraíso"

5 comentários:

  1. Seguindo aqui... Parabéns pelo blog, são belos textos!

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  2. Daniel, que texto mais belo... Soou também belamente que nem percebi que chegara ao fim. Muito bom! Seguindo

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  3. Li esse texto na comunidade 'Escrever' do Orkut entre 2010/2011 (não me recordo ao certo) e hoje me deu vontade de lê-lo. Após chegar na centésima comunidade do tópico procurando por ele (sem sucesso) tive a súbita ideia de ''colocar o título no Google e tentar a sorte'' e cá estamos nós. Belo texto, parabéns.

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